sexta-feira, 4 de junho de 2010

Avatar: A Utopia de Cameron

O roteiro da mega-produção de Avatar não passa de mais um capítulo dessa constante em Hollywood: uma reiterada negação da doutrina católica e uma bizarra solução gnóstica e igualitária para os problemas de hoje.


O canadense James Cameron certamente superou-se com toda sua proeza técnica ao produzir Avatar. A apresentação visual de Cameron compensa largamente a falta de conteúdo do filme. O roteiro da mega-produção não passa de mais um capítulo dessa constante em Hollywood: uma reiterada negação da doutrina católica e uma bizarra solução gnóstica e igualitária para os problemas de hoje.


Alguém poderia perguntar o que está por trás deste nome escolhido por Cameron para o filme: AVATAR. Esta palavra refere-se à encarnação para a forma humana da divindade hinduísta chamada Vishnu: o deus que mantém a tríade sagrada hindu. Hoje em dia é comumente entendida como um "alter ego" virtual da nossa era da informática. Daí surge a questão: o que Cameron está tentando nos ensinar?


O filme apresenta a tribo extraterrestre Na'vi do planeta Pandora como seres eco-panteístas que vivem em uma suposta harmonia perfeita com a natureza. Eles são agredidos pelos gananciosos empresários humanos que recebem apoio dos Marines (militares americanos), numa tentativa de expropriar os tais Na'vi de suas terra e suas riquezas. Isso parece mais com uma versão "technocolor" dos males trazidos pelo expansionismo e pelos grandes descobrimentos do século XVI. Uma idéia infelizmente ensinada em todas as escolas do Brasil atualmente.


A história narra o intuito de uma missão da Terra de explorar uma mina que produziria um muito valioso minério. Mas para isso, os humanos têm de expulsar os extraterrestres nativos. Estes são humanóides de mais de 3 metros de altura, com caldas e longas tranças de cabelo. Ironicamente, são muito parecidos com as inúmeras ilustrações de demônios que estamos acostumados a ver na tradição católica por séculos.


O motivo principal da exploração de Pandora é o fato de o homem ter consumido todos os recursos naturais da Terra. A coleta do tal valioso minério de Pandora irá destruir a pureza desta cultura alienígena perfeitamente harmônica com a natureza. Isso não é uma mensagem subliminar. Pelo contrário, é explicita, salta aos olhos: o homem e tudo que ele faz é mal; a "natureza" e os extra-terrestres são bons.


Os humanos várias vezes fracassam em submeter os habitantes e convencê-los a saírem da sua vila que está construída sobre uma grande árvore, embaixo da qual é encontrado o deposito do valioso minério. Os humanos então produzem alguns corpos humanóides em laboratório, para os quais eles transferem o "espírito" de alguns humanos voluntários para que eles se infiltrem no meio dos extraterrestres. Durante a noite, quando os espiões humanóides estão dormindo, os cientistas trazem de volta seu "espírito" através de uma máquina para seus respectivos corpos e recolhem as informações obtidas por eles. A migração da alma do homem para os humanóides dá-se por meio do poder de uma árvore. Isso não parece com os druidas?


Em certa parte da história, alguns desses voluntários humanóides se tornam amigos dos Na'vis, e acabam se rebelando contra a tentativa de dominá-los e lutam do lado deles contra os humanos. Cameron chega até a colocar um romance para acrescentar um apelo sentimental ao filme. O herói do enredo acaba por se apaixonar por uma extraterrestre Na'vi e se torna seu companheiro.


Durante todo o filme, há cenas explícitas de panteísmo em que os nativos se comunicam com animais e plantas através dos seus cabelos. No final, os humanóides derrotam e expulsam os seres humanos através do auxílio de animais, apesar das armas sofisticadas dos humanos. O herói acabar por desistir de sua natureza humana definitivamente para viver como humanóide Na'vi.


Enquanto impressiona a audiência com um aspecto puramente secundário, ou seja, a apresentação técnica, o filme evoca uma simpatia eco-emocional para com os eco-panteístas da tribo Na'vi e o ódio para com os agressores imperialistas humanos. Esta bizarra ilusão que Cameron apresenta é o tema principal do filme. Pandora é o mundo perfeito para onde devemos progredir. A mensagem básica nega qualquer idéia de Criação, Pecado Original, Redenção, Sacramentos, Graça, Julgamento, Céu e Inferno. Pode-se legitimamente perguntar se a tribo Na'vi faz parte da Criação. Eles foram remidos por Nosso Senhor? Eles irão para o Céu ou para o Inferno? Talvez a estranha idéia de Cameron seja nada mais do que uma reedição do mantra comunista: imagine que não há Céu nem Inferno, apenas natureza e homem e quando morrermos, tudo está acabado.


Não é de se estranhar que muitas pessoas, depois de assistirem a essa ficção bizarra, saem dos cinemas deprimidos, tentados ao suicídio e tendentes a perderem a fé. É o que diz a notícia do jornal Daily Mail (The Avatar effect: Movie-goers feel depressed and even suicidal at not being able to visit utopian alien planet): "O efeito Avatar: aqueles que assistem ao filme se sentem deprimidos e até com vontade de se suicidar por não poderem visitar um planeta alienígena utópico".


Quando a Sagrada Verdade não é professada nem praticada fluem abundantes erros para completar o vazio. Enquanto o mundo proclama o grande sucesso de Avatar, nós perguntamos: "Do que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder sua alma?" Quanto mais por Avatar?


Divulgação: Miguel com seus anjos

Campanha contra Bento XVI é amarelismo irresponsável. Denuncia bispo venezuelano.


O Bispo Auxiliar de Caracas, Dom Luis Armando Tineo, destacou a decisão do Papa Bento XVI de enfrentar o tema dos abusos sexuais por parte de alguns membros do clero, e denunciou a campanha amarelista de certos meios de comunicação que procuram maltratar a imagem da Igreja.

"Bento XVI está sendo transparente, firme e sereno neste sentido. Como evidencia a Carta aos católicos da Irlanda, ele optou por uma linha pastoral, não ‘tática’", afirmou.

Entretanto, disse que meios como The New York Times "evidenciaram uma marcada e pouco profissional tendência a interessar-se e divulgar desproporcionalmente os poucos casos lamentáveis de abuso de menores por parte de clérigos católicos, encontrados em sua maioria no passado".

O bispo indicou que no 2004 o Episcopado dos Estados Unidos encarregou uma investigação ao John Jay College of Criminal Justice, da City University of New York, que não é católica e é a mais reconhecida em matéria de criminologia.

Segundo o Relatório, "não há nenhum dado objetivo que fundamente que os abusos a menores sejam mais freqüentes entre o clero católico que entre outros coletivos da população".

"Mais ainda, no mesmo período de tempo em que foram condenados uma centena de clérigos católicos norte-americanos pelo abuso de menores, o numero de professores de ginástica e de treinadores de equipes esportivas juvenis -em sua imensa maioria homens casados- que foram julgados culpados pelo mesmo delito pelos tribunais americanos se aproxima dos seis mil casos. Assim informa Newsweek em sua análise do problema realizado em sua edição do dia 8 de abril do presente ano", indicou.

O Prelado esclareceu que pedir um olhar objetivo não significa justificar o delito aberrante de abusos de menores. Acrescentou que esta análise assinala "que a única instituição que indagou e ofereceu dados sobre si mesmo nesta matéria foi a Igreja Católica".

Em 42 anos, indicou, entre mais de 109 mil sacerdotes nos Estados Unidos, foram acusados 958 presbíteros e condenados 54.

Entretanto, denunciou, o New York Times tem "o propósito pouco ético de induzir aos leitores a estabelecer uma relação entre o fato de ser sacerdote católico e estes abomináveis fatos cometidos por uns poucos, gerando uma percepção profundamente distorcida da realidade"; e de querer responsabilizar com uma campanha amarelista contra Bento XVI.

"O Papa está dando a cara, interessando-se pela dor das pessoas, e pondo os meios a seu alcance para que estes lamentáveis pecados e delitos não voltem a repetir-se. Em outras palavras, está atuando fundamentalmente no primeiro nível: confrontando e resolvendo o problema", afirmou Dom Tineo.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

CNBB analisa Plano Nacional de Direitos Humanos


Economia e Direitos Humanos é o tema do 4º Seminário Nacional sobre Cultura da Paz, promovido pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP), organismo vinculado à CNBB. O evento se realizará entre os dias 23 e 25 de junho, na Casa de Retiros Assunção, em Brasília (DF).

No encontro, os participantes aprofundarão a participação da Igreja na promoção e defesa dos Direitos Humanos para a superação das violências e construção de uma cultura de paz no Brasil.

O Secretário-executivo da CBJP, Daniel Seidel, destaca que o horizonte do Seminário é o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), com a "criação de mecanismos para a cobrança de políticas públicas que tornem concretos os Direitos Humanos estabelecidos no Plano".

Segundo Seidel, o evento é também uma forma de dar continuidade à Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, "Fraternidade e Economia", com o objetivo de levar adiante suas motivações, bem como pautar as eleições deste ano sobre a temática dos direitos humanos.

Temporada 2010 de furacões deve ser mais intensa que o previsto


A temporada de furacões no Atlântico em 2010 será mais ativa do que o previsto, disseram nesta quarta-feira, 2, meteorologistas norte-americanos. Eles preveem a ocorrência de 10 furacões, cinco deles grandes, com uma probabilidade de 76% de que os grandes furacões atinjam a costa dos Estados Unidos.

A previsão da equipe da Universidade do Estado do Colorado (CSU) segue-se às predições dos cientistas do governo dos EUA de uma temporada intensa que pode atrapalhar os esforços para conter o vazamento gigante de petróleo no Golfo do México e ainda atingir o Haiti, já devastado por um terremoto.

Aumentando a previsão anterior de uma temporada "muito ativa", a equipe de pesquisa da CSU sobre tempestades disse que a temporada de seis meses com início em 1º de junho provavelmente registraria 18 tempestades tropicais.

Dessas, segundo a CSU, 10 vão se tornar furacões, com cinco deles atingindo a categoria 3, a de furacões com ventos acima de 177 quilômetros por hora.

Os cientistas da CSU alteraram uma previsão divulgada em 7 de abril, que estimava a ocorrência de 15 tempestades, oito furacões e quatro grandes furacões.

"A probabilidade de um grande furacão atingir o continente ao longo da costa dos EUA é de 76%, em comparação com a média do século passado de 52%", disse o meteorologista Phil Klotzbach.

A equipe da CSU vê 51% de chance de um grande furacão atingir o continente na Costa Leste dos EUA, incluindo aí a península da Flórida, e 51% de risco de que um atinja a costa do Golfo. O risco de um grande furacão atingir o Caribe é de 65% segundo o grupo.

Os especialistas advertem que uma onda de tempestade no Golfo do México -- um aumento anormal no nível do mar provocado por um furacão -- poderia dissipar o petróleo e as substâncias químicas usadas na tentativa de dispersar o óleo do Golfo.