terça-feira, 26 de abril de 2011

O Papa pede aos católicos que sigam o exemplo da beata adolescente italiana


Vaticano, 31 Mar. 11 / 11:45 am

O Papa Bento XVI alentou hoje os católicos a seguirem o exemplo de adesão a Cristo da nova beata Chiara "Luz" Badano, a jovem italiana falecida aos 18 anos por causa de um câncer nos ossos e elevada aos altares em 25 de setembro do ano passado.

Ao saudar os fiéis chegados da diocese italiana de Acqui, acompanhados de seu Bispo Giorgio Micchiardi, e do Bispo Emérito, Dom Livio Maritano, chegados para a Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa expressou sua alegria pela presença deste grupo de católicos reunido em Roma para recordar sua conterrânea.

"Queridos amigos, convido-lhes, sob o exemplo de sua Beata, a prosseguir em seu esforço de adesão a Cristo e ao Evangelho", alentou o Santo Padre.

Entre os presentes chegados de Acqui, também se encontrava a vice-postuladora da causa de Chiara "Luz" (Luz) Badano, María Grazia Magrini, quem apresentou ao Pontífice um quadro da Beata que será abençoado por ele e será enviado à primeira capela dedicada a ela.

Esta capela se encontra na localidade de Bohicon em Benin, país africano ao qual Chiara enviou todo seu dinheiro para colaborar na escavação de 30 poços de água quando já estava prostrada em cama sem poder caminhar devido ao câncer que a afetava.

Ao enviar o dinheiro ao voluntário encarregado, escreveu-lhe falando de Jesus e disse sobre o dinheiro: "não me serve, eu tenho tudo".

O Prefeito para a Congregação das Causas dos Santos, o agora Cardeal Angelo Amato, presidiu em 2010 a multitudinária Missa de beatificação de Chiara, que pertencia ao movimento dos Focolares e que viveu entre 1971 e 1990.

Em sua homilia, o Cardeal disse que esta adolescente "nos convida a reencontrar a frescura e no entusiasmo da fé. A Beata Chiara Badano é uma missionária de Jesus, uma apóstolo do Evangelho como boa notícia para um mundo rico em bem-estar, mas com freqüência doente de tristeza e de infelicidade".

Chiara dizia "não tenho pernas e eu gostava tanto passear em bicicleta, mas o Senhor me deu asas". Ao rechaçar a morfina que lhe ofereciam para paliar a dor afirmava "ela me tira a lucidez e posso oferecer a Jesus minha dor".

Um de seus últimos presentes, explicou o Cardeal Amato na homilia da Missa de beatificação, foi o de suas córneas a dois jovens que agora vêem graças a ela.

"Esta moça, de aparência frágil, era em realidade uma mulher forte" que falava de seu "vestido de bodas" para seu funeral: "não choro porque sou feliz", assinalava a Beata.

A Igreja estabeleceu que a data para recordar a nova Beata será a cada 29 de outubro, o dia de seu nascimento.

Que a notícia da ressurreição de Cristo ressoe no mundo e na Igreja, disse o Papa


Vaticano, 25 Abr. 11 / 06:23 pm

Ao presidir esta segunda-feira a oração do Regina Caeli, que durante o tempo de Páscoa substitui o Ângelus, o Papa Bento XVI exortou a que "não deixe de ressoar no mundo e na Igreja a alegre notícia da ressurreição de Jesus Cristo entre os mortos".

Da residência pontifícia de Castel Gandolfo onde chegou para um breve período de repouso, o Santo Padre disse, na chamada "Segunda-feira do Anjo", primeiro dia depois do Domingo de Ressurreição, que "Ressurreição do Senhor assinala a renovação da nossa condição humana".

"Cristo derrotou a morte, causada pelo nosso pecado, e nos reporta à vida imortal. De tal evento emana a vida inteira da Igreja e a existência mesma dos cristãos".

Ao referir-se logo à saudação entre os primeiros cristãos na Páscoa "Cristo ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou!", o Papa disse que esta constitui "uma profissão de fé e um compromisso para a vida toda" como mostra o exemplo das mulheres das que fala o Evangelho de São Mateus e que anunciaram o Senhor após saberem que Ele havia ressuscitado.

Depois de recordar as palavras do servo de Deus Paulo VI quem dizia que todos na Igreja têm a missão de evangelizar, Bento XVI explicou que a forma de encontrar o Senhor e ser um testemunho cada vez melhor está na oração.

O cristão, disse, "deve aprender a dirigir constantemente o olhar da mente e o coração para a altura de Deus, onde está Cristo ressuscitado. Na oração, na adoração, Deus encontra o homem".

"Somente se sabemos dirigir-nos a Deus, rezar a Ele, podemos descobrir o significado mais profundo da nossa vida, e o caminho cotidiano é iluminado pela luz do Ressuscitado", concluiu.

Em sua saudação em espanhol, o Papa pediu que "Que não deixe de ressoar no mundo e na Igreja a alegre notícia da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Que a paz, que nasce do triunfo do Senhor sobre o pecado, se estenda por toda a terra, em particular por aquelas regiões que mais necessitam", finalizou.

Jornal vaticano publicará especial pela beatificação de João Paulo II


ROMA, 25 Abr. 11 / 03:51 pm

O jornal vaticano LOsservatore Romano (LOR) anunciou que publicará em 27 de abril um especial de 100 páginas, totalmente a cores, pela beatificação do Papa João Paulo II, e que estará disponível em italiano, polonês, inglês, espanhol, alemão, francês e português.

Esta revista, explica LOR, foi impressa em sete países dos quatro continentes: Austrália, Brasil, Canadá, Índia, Itália, Reino Unido e Espanha, com uma edição total de quase 400 000 cópias.

Além do testamento de João Paulo II e a homilia da Missa de exéquias do então Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI), a revista apresenta outras homilias do Santo Padre lembrando o Pontífice polonês, além de artigos, entrevistas e uma detalhada cronologia.

Esta revista, conclui a nota, busca ser "uma homenagem a um cristão exemplar e um grande Bispo de Roma protagonista de um pontificado que já ingressou na história. O especial é um verdadeiro número de coleção, ilustrado por belíssimas e raras fotografias".

Perita em neurociências assegura que oração ajuda a desenvolver o cérebro

ROMA, 25 Abr. 11 / 04:32 pm

A neurorradiologista italiana Adriana Gini afirmou que a prece é benéfica para o desenvolvimento do cérebro, ao participar de um foro multimídia sobre os jovens e a comunicação na era digital celebrado em Roma.

Gini afirmou no dia 14 de abril no Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, que "a prática do silêncio, a meditação e a oração favorecem as áreas cerebrais que se convertem mais pacientes e altruístas".

O foro "Comunicação Juvenil na Era dos Meios de comunicação Sociais", foi patrocinado pelo Conselho Pontifício da Cultura.

O evento foi uma resposta ao convite que o Papa Bento XVI fez em novembro de 2010 aos participantes da assembléia plenária do mesmo Conselho Pontifício para beneficiar-se "com renovado compromisso criativo, mas também com sentido crítico e cuidado discernimento das novas linguagens e das novas modalidades comunicativas".

Gini assegurou que "nas crianças, um ambiente sereno e interativo, a presença de pais afetuosos, a amizade, e a vida ativa são elementos que permitem um correto desenvolvimento cerebral e portanto a aquisição de capacidade como o equilíbrio emotivo, a sociabilidade, e a generosidade".

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Arqueólogos poderiam ter encontrado o retrato mais antigo de Jesus


Roma, 05 Abr. 11 / 01:54 pm

Especialistas na Inglaterra e na Suíça analisam umas lâminas de bronze encontradas na Jordânia que poderiam conter o retrato mais antigo de Jesus, ao mostrar o rosto de um homem com uma coroa de espinhos e a inscrição "Salvador de Israel".

Conforme informa o jornal britânico Daily Mail, os 70 códices de bronze foram encontrados entre os anos 2005 e 2007 em uma colina com vista ao Mar da Galiléia. As peças atualmente são avaliadas sob estrita confidencialidade por peritos na Inglaterra e Suíça para determinar sua antigüidade e procedência, mas se estima que datariam do século I da era cristã.

O códice mais chamativo tem o tamanho de um cartão de crédito, está selado por todos lados e oferece uma representação em três dimensões de uma cabeça humana.

O dono dos códices é Hassan Saida, um caminhoneiro beduíno que vive na aldeia árabe de Umm Al-Ghanim, Shibli. Ele negou-se a vender as peças e só cedeu duas amostras para que sejam analisadas no exterior.

Segundo o jornal, as peças foram encontradas originalmente em uma cova da cidade de Saham na Jordânia. A cova está a menos de 160 quilômetros de Qumran, a zona onde se acharam os famosos papiros do Mar Morto, uma das evidências mais famosas da historicidade do Evangelho.

Jovem mexicano relata processo de conversão ao abandonar estilo de vida homossexual


Homossexualidade não é genética e a Igreja não nos rejeita, afirma


A HAIA, 07 Abr. 11 / 02:47 pm

Guillermo Márquez, coordenador do Courage Latino de Querétaro (México), fundou e pertenceu a um grupo "com características similares aos do grupo do Pe. (Robert) Coogan" – a Comunidade São Elredo, em Saltillo, México-, entretanto e com o passar do tempo decidiu abandoná-lo, pois "percebia que não podia estar bem com Deus nem com a Igreja se mantinha um estilo de vida homossexual".

Em comunicação com a agência ACI Prensa em espanhol, Guillermo Márquez relatou seu processo de conversão e explicou que "Deus foi guiando, através dos conselhos dos sacerdotes que ele consultava, que o caminho de uma vida sexual ativa, mesmo com uma única pessoa do meu mesmo sexo, não podia me trazer felicidade".

"Pouco a pouco fui percebendo que, quanto mais tempo passava sem ter relações sexuais, melhor ia me sentindo, mais feliz, mais estável. Assim que começou a chamar-me a atenção e a atrair-me a vida de castidade. Foi um processo longo, às vezes difícil, mas seguro de amadurecimento emocional e espiritual", afirmou.

Márquez disse que abandonou o estilo de vida homossexual e, com isso, o primeiro grupo no qual se encontrava (similar à comunidade São Elredo de Saltillo que apóia as uniões homossexuais e atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo), já que este "ia se convertendo em um grupo social. Permitia-se a entrada de casais do mesmo sexo. Embora (no grupo) não se fomentava que se formassem novos casais, tampouco se pedia que os membros deixassem de formar um casal".

Em entrevista concedida à ACI Prensa no dia 17 de março, o fundador do grupo São Elredo da diocese de Saltillo, Pe. Robert Coogan, tinha explicado que apóia as uniões homossexuais e também expressou diversos questionamentos ao ensinamento da Igreja através do Catecismo e tinha explicado que o grupo que dirige conta com o apoio do Bispo Raúl Vera.

Guillermo Márquez disse também à ACI Prensa que no primeiro grupo ao qual pertenceu "os temas espinhosos sobre moral sexual, castidade, etc., não eram mencionados para não entrar em debate ou provocar problemas entre os integrantes do grupo".

Este processo de conversão levou Guillermo Márquez ao Courage Latino, aonde ingressou no princípio de 2008 através de um retiro.

"Este retiro foi muito importante para mim -disse à ACI Prensa- porque como já andava em um caminho de descobrimento da castidade, isto permitiu-me finalmente, encontrar o que eu andava procurando. Um apostolado no qual existem pessoas com os mesmos objetivos que eu, com aspirações similares de acreditar em Cristo mas também de acreditar em Cristo".

No Courage Latino Guillermo descobriu "que a Igreja Católica não me rejeita nem me abandona, que a homossexualidade não é genética e que ninguém nasce sendo homossexual. Que não somos gays ou homossexuais mas homens e mulheres com atração ao mesmo sexo (AMS)".

O líder do Courage Latino em Querétaro assinalou ademais que "conheço ambos os caminhos e sei que, pelo caminho do estilo de vida chamado gay ninguém pode ser feliz".

"Esse caminho está cheio de insegurança, medo, insatisfação, vazio profundo, irritação e, em muitos casos, cheio de promiscuidade, vícios ao sexo, à pornografia, às drogas e ao álcool e à busca interminável de amor através de relações destrutivas e de co-dependência".

Guillermo também precisou à ACI Prensa que no Courage "condenamos rotundamente qualquer sinal de discriminação injusta, qualquer atropelo, ofensa ou agressão a pessoas com o AMS. Isto não pode ser tolerado em nenhum círculo público muito menos cristão".

"Courage Latino é fiel ao ensinamento da Igreja Católica, mas não se reduz a viver castamente. Courage quer que sejamos melhores cristãos procurando o crescimento, a integração e a alegria, e para isso usa o ensinamento da Igreja. A meta é a santidade", concluiu.

Vaticano ante a ONU: Opinar contra homossexualidade está dentro da liberdade de expressão



GENEBRA, 31 Mar. 11 / 02:22 pm

O representante da Santa Sé ante o Escritório da ONU em Genebra, Dom Silvano Tomasi, recordou ante este organismo que quem ataca os que têm opiniões contrárias ao comportamento homossexual violam o direito das pessoas à liberdade de expressão.

O Arcebispo interveio durante a discussão do item 8, "Orientação sexual", na XVI sessão do Conselho dos Direitos humanos, e mostrou sua preocupação ante a "alarmante tendência" de "atacar pessoas por tomar posições de não apoiar as condutas sexuais entre pessoas do mesmo sexo".

Dom Tomasi afirmou que a Igreja não justifica em nenhum caso a violência contra ninguém com motivo de suas preferências ou condutas sexuais, mas também advertiu que nas leis internacionais, o termo "orientação sexual" se refere a sentimentos e pensamentos e não a condutas. Por isso, advertiu, não estão justificados os ataques contra aqueles que se opõem a determinadas condutas sexuais, em virtude da liberdade de expressão e de crença.

"Quando eles expressam suas crenças morais ou suas crenças sobre a natureza humana, que podem ser também expressões de convicções religiosas, ou opiniões do Estado sobre reivindicações científicas, são estigmatizados, ou pior ainda, são desprezados e perseguidos".

"A Santa Sé aproveita esta oportunidade para afirmar a dignidade e o valor de todos os seres humanos, e para condenar a violência dirigida contra as pessoas por causa de seus sentimentos e pensamentos sexuais, ou comportamentos sexuais", acrescentou.

O Prelado afirmou que está se produzindo uma "confusão desnecessária" sobre o significado do termo "orientação sexual", que segundo a legislação internacional vigente, refere-se a "sentimentos e pensamentos", e não a "condutas".

"Para os propósitos das leis dos direitos humanos, há uma diferença crítica entre sentimentos e pensamentos, por um lado, e comportamento, pelo outro. Um Estado nunca deveria castigar uma pessoa, ou privá-la do desfrute de nenhum direito humano, apoiando-se apenas nos sentimentos ou nos pensamentos desta pessoa, incluindo os sexuais".

Entretanto, os Estados "podem, e devem, regular os comportamentos, incluindo vários comportamentos sexuais. Em todo mundo há um consenso entre as sociedades de que certos tipos de comportamentos sexuais devem ser proibidos por lei. A pedofilia e o incesto são dois exemplos".

Por sua parte, afirmou, a Santa Sé "deseja afirmar sua crença profundamente sustentada de que a sexualidade humana é um dom que se expressa de modo genuíno na entrega completa e para toda a vida de um homem e uma mulher no matrimônio".

"A sexualidade humana, como qualquer atividade voluntária, possui uma dimensão moral: é uma atividade que põe a vontade individual ao serviço de um fim; não é uma 'identidade'. Em outras palavras, procede da ação e não do ser, inclusive embora algumas tendências ou "orientações sexuais" tenham raízes profundas na personalidade".

"Negar a dimensão moral da sexualidade leva a negar a liberdade da pessoa nesta matéria, e escava em última instância sua dignidade ontológica". Esta crença sobre a natureza humana também é compartilhada por muitas outras comunidades religiosas e por outras pessoas em consciência", concluiu.

Católicos japoneses viverão intensa Semana Santa em zona afetada pelo tsunami


Sendai, 20 Abr. 11 / 12:37 pm

A pequena comunidade católica que habita as dioceses da costa leste do Japão, açoitadas pelo sismo e o tsunami de 11 de março passado, viverá a próxima Semana Santa com a máxima normalidade possível e dedicará os distintos serviços religiosos às vítimas da tragédia.

Da diocese de Saitama (Japão), a religiosa María Matilde Núñez da Congregação de Missionárias Clarissas do Santíssimo Sacramento relatou à ACI Prensa que os católicos japoneses que habitam as zonas afetadas irão às igrejas que não sofreram grandes danos.

Em Sendai, os católicos repararam os templos para pô-los "novamente ao serviço dos fiéis e de todas as pessoas que necessitem. Somente houve uma igreja mais próxima à costa que foi alagada pelo tsunami e como a zona está abandonada, no momento não está em serviço".

"Em todas as demais paróquias se celebrará normalmente, com as pessoas que possam comparecer", indicou a religiosa. Outra exceção é a paróquia de Haramachi a 35 quilômetros da usina nuclear de Fukushima.

Em Haramachi, 20 católicos se reuniam em cada Missa dominical mas segundo o semanário católico "Katorikku Shinbun" só restam quatro paroquianos na zona.

"As Missas e cerimônias não podem ser ao ar livre porque faz muito frio. Mas graças a Deus as (demais) igrejas já podem ser utilizadas novamente", indicou.

A religiosa explicou à ACI Prensa que continuamente se celebram "missas em sufrágio das vítimas e dos danificados".

Na paróquia Santo Ignácio em Saitama, realizam-se coletas a cada oito dias e em muitas paróquias se organizaram grupos de voluntários.

"Desde Nagasaki até Hokkaido há grupos de pessoas, sacerdotes, seminaristas, jovens e menos jovens que estão prestando serviço e ajuda a todos esses irmãos necessitados", indicou e esclareceu que "quem trabalha como voluntário deve ir vestido como todos. Seja sacerdote ou religioso deve ir vestido como um leigo qualquer. Assim determinam as normas para voluntários".

A religiosa acrescentou que após um mês da tragédia ainda não se sabe com certeza quantos católicos faleceram pelo tsunami "porque nem sequer podemos saber ainda quantas são as vítimas" em geral. As autoridades estimam em 11 mil os mortos e 17 mil os desaparecidos.

O sacerdote David Uribe, superior dos Missionários de Guadalupe no Japão, informou em uma mensagem publicada por sua comunidade no dia 10 de abril, organizou-se "uma rede virtual entre os sacerdotes que trabalham nesta Diocese, com a finalidade de atualizar a informação sobre cada um dos cristãos que pertence à mesma. O objetivo desta iniciativa se deve a que até este momento, muita da informação recebida, foi por meio do telefone celular".

"Não foram visitadas as pessoas e por tanto, pouco a pouco se conseguiu constatar que algumas delas não quiseram informar, não unicamente que perderam muitos de seus bens materiais, mas também que perderam familiares ao não querer reconhecer que é quase impossível que depois de um mês, seus seres queridos tenham sobrevivido", indicou.

O Papa pede que os católicos aprofundem na intimidade de Jesus nesta Semana Santa

Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI aprofundou no significado das celebrações do Santo Tríduo Pascal na Semana Santa e alentou os católicos a buscar nestes dias o recolhimento e a oração, de forma a alcançar mais profundamente essa fonte de graça.

Este Tríduo, disse o Papa, está composto pelos "os três dias santos em que a Igreja faz memória do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus".


Bento XVI explicou que "a Quinta-feira Santa é o dia em que se faz memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial. Pela manhã, cada comunidade diocesana, reunida na Igreja Catedral em torno do Bispo, celebra a Missa Crismal, na qual são abençoados o Santo Crisma, o Óleo dos catecúmenos e o Óleo dos Enfermos".


"Na tarde da Quinta-feira Santa inicia efetivamente o Tríduo Pascal, com a memória da Última Ceia, na qual Jesus instituiu o Memorial da sua Páscoa, dando cumprimento ao rito pascal hebraico".


"Durante a Última Ceia, os Apóstolos são constituídos ministros deste Sacramento de salvação; a esses Jesus lava os pés, convidando-lhes a amar-se uns aos outros como Ele lhes tinha amado, dando a vida por eles. Repetindo esse gesto na Liturgia, também nós somos chamados a testemunhar ativamente o amor do nosso Redentor".


O Santo Padre recordou que "a Quinta-feira Santa, enfim, encerra-se com a Adoração eucarística, na recordação da agonia do Senhor no Horto das Oliveiras. Consciente de sua morte iminente na cruz, sente uma grande tristeza".


Referindo-se à sonolência dos Apóstolos que acompanharam Jesus no Getsêmani, o Papa assinalou que "insensibilidade por Deus: essa é a nossa verdadeira sonolência”, essa insensibilidade pela presença de Deus “que nos torna insensíveis também para o mal".

Com sua morte, o Senhor "sente todo o sofrimento da humanidade" e ressaltou que "sua vontade está subordinada à vontade do Pai e transforma esta vontade natural em um sim à vontade de Deus".
Em sua oração, explicou Bento XVI, Jesus transforma "a aversão natural, a aversão contra o cálice, contra a sua missão de morrer por nós; transforma essa sua vontade natural em vontade de Deus, em um "sim" à vontade de Deus".

"O homem por si só é tentado a opor-se à vontade de Deus, a ter a intenção de seguir a própria vontade, de sentir-se livre somente se é autônomo; opõe a própria autonomia contra a heteronomia de seguir a vontade de Deus. Esse é todo o drama da humanidade".


O Papa advertiu que "na verdade, essa autonomia é errada e esse entrar na vontade de Deus não é uma oposição a si, não é uma escravidão que violenta a minha vontade, mas é entrar na verdade e no amor, no bem. E Jesus leva a nossa vontade, que se opõe à vontade de Deus, que busca a autonomia, leva essa nossa vontade para o alto, rumo à vontade de Deus".


No Getsêmani, disse o Papa, "podemos também ver o grande contraste entre Jesus com a angústia, com o seu sofrimento, em relação ao grande filósofo Sócrates, que permanece pacífico, sem perturbação diante da morte".
A missão do Senhor, continuou o Santo Padre "não era esta total indiferença e liberdade, sua missão era levar em si mesmo todo nosso sofrimento, todo o drama humano.

E por isso esta humilhação do Getsêmani é essencial para a missão do Homem-Deus".
"Ele carrega em si o nosso sofrimento, a nossa pobreza, e a transforma segundo a vontade de Deus. E assim abre as portas do céu, abre o céu: esta tenda do Santíssimo, que até então o homem havia fechado contra Deus, é aberta por esse seu sofrimento e obediência.

Eis algumas observações para a Quinta-feira Santa, para a nossa celebração da Quinta-feira Santa".
Sobre a sexta-feira Santa, Bento XVI disse que neste dia se comemora a "memória da paixão e da morte do Senhor; adoraremos Cristo Crucificado, participaremos nos seus sofrimentos com a penitência e o jejum". "Lançando "o olhar àquele que foi trespassado" (cf. Jo 19,37), podemos chegar a seu coração que emana sangue e água como de uma fonte; daquele coração do qual brota o amor de Deus por todo o homem, recebemos o seu Espírito.

Acompanhemos, portanto, na Sexta-feira Santa também nós Jesus que sai ao Calvário, deixemo-nos guiar por Ele até a cruz, recebamos a oferta do seu corpo imolado".
"Enfim, na noite do Sábado Santo, celebraremos a solene Vigília Pascal, na qual nos é anunciada a ressurreição de Cristo, a sua vitória definitiva sobre a morte que nos interpela a ser n'Ele homens novos".

O Santo Padre ressaltou que "o critério que guiou cada escolha de Jesus durante toda a sua vida foi a firme vontade de amar o Pai, de ser um com o Pai, e ser-Lhe fiel".
"No reviver o santo Tríduo, disponhamo-nos a acolher também nós na nossa vida a vontade de Deus, conscientes de que na vontade de Deus, também se parece dura, em contraste com as nossas intenções, encontra-se o nosso verdadeiro bem, o caminho da vida".

“A Virgem Mãe nos guie nesse itinerário, e nos obtenha do seu Filho divino a graça de poder gastar a nossa vida por amor a Jesus, no serviço dos irmãos”, concluiu o Pontífice.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ataque de feministas a uma igreja católica em Barcelona também é um atentado contra a democracia

O reitor da paróquia San Vicente de Sarriá, Barcelona (Espanha), Pe. Manuel Valls, lamentou o atentado contra o templo na noite do dia 22 de março e assinalou ao grupo ACI que o fato "vai contra a própria democracia, vai contra o civismo, vai contra uma convivência cívica que crentes ou não crentes desejam e querem promover".

No dia 27 de março um suposto grupo de feministas assumiu na página web saboteamos.info a autoria da queima da porta principal da paróquia San Vicente de Sarriá.

"Embora também estivesse em nossos objetivos gerar um dano material, e assim foi, esta ação é principalmente simbólica", indicaram.
As supostas autoras afirmaram que "a igreja simboliza e representa a opressão histórica e atual sobre tudo para nós como mulheres, decidindo sobre nossos corpos e nossas vidas, nosso papel e nossos papéis nesta sociedade patriarcal.

Não é coincidência que tenhamos eleito como objetivo este bairro burguês, onde tanto a instituição eclesiástica como a direita conservadora está muito presente".
Em declarações à Agência ACI Prensa no último dia 8 de abril, o sacerdote condenou o ataque e recordou anteriores atentados a este e outros templos de Barcelona, que estão inspirados "nos fatos da Semana Trágica de Barcelona", que entre em 26 de julho e 2 de agosto de 1909 terminou na queima de igrejas e conventos pelas mãos de grupos anarquistas, que usaram a Igreja como "bode expiatório" para protestar contra a guerra do Marrocos.

"Foi uma coisa que está estudada e está documentada. Foi uma coisa muito grave, e um prelúdio também da perseguição religiosa quando estalou a Guerra Civil, que aqui na Catalunha e em Barcelona foi especialmente virulenta, quer dizer matou-se muita gente, muitos sacerdotes em toda Catalunha, muitos seculares, sem julgamentos, sem nada".
Ele acrescentou que "portanto há um autor intelectual que se serviu de, ou serviu, não sei quem".

"São mulheres realmente (os autores do ataque)? Não sabemos", acrescentou o Pe. Valls.
Sobre a ação das autoridades, disse que a anterior administração, que estava nas mãos da esquerda, não parecia ter muita vontade de esclarecer os ataques; entretanto, aparentemente "o novo Conselheiro Felip Puig e o mesmo Presidente da Generalitat (Prefeitura da Catalunha) estão interessados", mas não sabe "até onde chegarão".

Depois de assinalar que falta um pouco mais de vigilância na região, o sacerdote disse à nossa agência em espanhol que os fiéis lamentaram e condenaram o atentado. "Não é nenhuma boa notícia que se queime a porta da paróquia de Sarriá, que além disso é uma paróquia das poucas abertas em Barcelona todo o dia, e muito visitada".


O Pe. Valls afirmou que não deseja "cair em uma espécie de confrontação", mas recordou que "a liberdade de expressão tem uns limites, sobre tudo quando ofende". Do mesmo modo, rejeitou que se queira acusar a Igreja de oprimir as mulheres. "Se (estes ataques) se repetem, pois rezaremos mais, e que não percamos o senso de humor, a paciência, a cautela, a prudência, que nos mantenhamos na paz interior e a quietude que dá a oração, a liturgia e rezar também por estas pessoas, porque também o Senhor nos convida a rezar pelos que nos perseguem", finalizou.

Quem ataca a vida e a família são como os que pediam para libertar Barrabás

O Arcebispo de Antequera-Oaxaca (México), Dom José Luis Chávez Botello, chamou a viver corretamente a Semana Santa e afirmou que as pessoas que promovem o aborto e atacam a família, são como os que nos tempos de Jesus pediam a gritos a libertação de Barrabás.

"Como em tempos de Pilatos hoje não poucas pessoas estão gritando em Oaxaca: solte-nos a Barrabás! ao aferrar-se em tampar a corrupção, ao querer desalentar e dividir à sociedade, ao distorcer o matrimônio, ao danificar a vida com máscara de defender supostos direitos, ao pactuar alguns com o crime, pedem a morte de Jesus porque a verdade os estorva, a justiça, a moral e a vida honesta".

No domingo, Dom Chávez Botello alentou a viver intensamente a Páscoa de Cristo, porque "nos oferece motivos sólidos para lutar pela verdade, pela unidade, pela superação pessoal e pelo bem comum; nos dá forças para gastar a vida pela família e para servir por amor".

O Arcebispo também pediu participar ativamente nas celebrações litúrgicas e não permitir que a religiosidade popular se esvazie de seu conteúdo.

"É importante alimentar a finalidade e o espírito cristão destas devoções louváveis para não esvaziá-las nem reduzi-las a meros costumes sem conteúdo nem compromisso, para não desligá-las da celebração litúrgica de cada dia presidida pelo sacerdote", assinalou.

Semana Santa são dias para reflexão e não para o pecado

O Arcebispo de Piura e Tumbes (no norte do Peru), Dom José Antonio Eguren, exortou os fiéis a viver intensamente a Semana Santa para assim entregar sua vida "ao Senhor Jesus, morto e ressuscitado por nós", porque estas datas são para a reflexão e não "dias de férias para o descanso frívolo, a diversão ou pior ainda para o pecado".

"Não permitamos que um clima secularizado que vai esfriando nossa fé cristã se apodere de nós mas seja na verdade o fogo do mistério da Páscoa que dê luz e calor às nossas vidas. Que sejam dias para encontrar, conhecer e seguir a Cristo, Luz do mundo, Vida e nossa Ressurreição!", expressou em uma exortação pastoral publicada este domingo.

Dom Eguren afirmou que a morte de Cristo na Cruz "é a maior prova do amor" de Deus. Afirmou que com seu sacrifício, o Senhor deu aos homens o maravilhoso presente "da Cruz como símbolo de nossa reconciliação".

O Arcebispo também pediu aos fiéis a reflexão em torno da Cruz os leve "a um maior compromisso pela santidade em nossa vida cristã". "Não há cristianismo sem Cruz! A Cruz é parte fundamental da vida cristã, não como expressão de desgraça ou resignação, mas como caminho misterioso e paradoxal de felicidade e de vida eterna".

Em sua exortação pastoral, o Prelado convidou a morrer ao pecado e às paixões desordenadas, aos apegos e egoísmos, assim como ao cristianismo do mínimo esforço, pois "só se chega à Ressurreição () passando necessariamente pela sexta-feira da Paixão e da Morte".

"Por isso a Semana Santa é ocasião propícia para examinar-nos seriamente e perguntar-nos: Vivo um processo contínuo de conversão? ou sou medíocre e não ponho os meios necessários para ser santo? () Ardo em desejos de santidade e de configuração com Cristo? Amo a Igreja e me esforço por fazê-la amar?", perguntou.

Dom Eguren recordou que na Cruz também se revela "a maternidade espiritual de Santa Maria (). Jesus nos convida a descobrir Sua Mãe como nossa também. Convida-nos a participar de seu estado de Filho da Santa Maria e nos anima a amá-la como Ele a ama".

Finalmente, o Arcebispo reiterou seu convite a contemplar a Cruz porque por ela "foi vencido o maligno, ficou derrotada a morte, nos transmitiu a vida, nos devolveu a esperança e foi-nos comunicada a luz. Salve, ó Cruz, esperança única!".

terça-feira, 12 de abril de 2011

Convocam encontro de blogueiros no Vaticano no dia 2 de maio

Os Pontifícios Conselhos para a Cultura e para as Comunicações Sociais no Vaticano convocaram blogueiros do mundo inteiro e diversos representantes da Igreja para um encontro no próximo dia 2 de maio para compartilhar experiências e compreender melhor o trabalho neste campo. O evento, aproveita a massiva assistência de fiéis e jornalistas a Roma pela beatificação do Papa João Paulo II no domingo 1º de maio, "permitirá também apresentar algumas das iniciativas que a Igreja está empreendendo para entrar em contato com o mundo dos novos meios de comunicação", informa a Rádio Vaticano. O encontro será realizado em duas sessões. Na primeira, cinco blogueiros, representantes de diversas áreas lingüísticas, abordarão respectivamente um tema específico de importância geral. A segunda sessão oferecerá o testemunho de pessoas implicadas na estratégia comunicativa da Igreja, que apresentarão suas experiências de trabalho com os novos meios, assim como as iniciativas para assegurar um compromisso efetivo da Igreja com o mundo dos blogs. Entre os participantes no encontro estarão o Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura; o Arcebispo Claudio Celli, Presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, e o Pe. Federico Lombardi, diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé e da Rádio Vaticano.

Catecismo para a JMJ sugere que casais cristãos poderiam usar anticoncepcionais


O catecismo para jovens YouCat, elaborado na Alemanha sob a supervisão de um cardeal austríaco e que seria entregue aos participantes da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Madrid 2011, sugere que um casal cristão ''pode e deve'' usar 'métodos anticoncepcionais' na hora de decidir quantos filhos terá. O YouCat (Youth Catechism) foi redigido em formato de perguntas e respostas.


Sua versão em italiano já está à venda nas livrarias romanas, apesar de que sua apresentação oficial no Vaticano foi anunciada para esta quarta-feira 13 de abril.


Na edição italiana a pergunta 420 assinala o seguinte: "P: Puo uma coppia cristiana fare ricorso ai metodi anticoncezionali? (Pode um casal cristão recorrer aos métodos anticoncepcionais?) R. Si, uma coppia cristiana puo e deve essere responsabile nella sua facolta di poter donare la vita.

(Sim, um casal cristão pode e deve ser responsável em sua faculdade de poder doar a vida)" O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, assinalou ao grupo ACI no dia 11 de abril que "ainda não vi o texto do Youcat e portanto não posso fazer um comentário a respeito".


Outra fonte vaticana consultada pelo grupo ACI, que preferiu manter-se no anonimato, assinalou que o problema surge no texto original em alemão do YouCat. O Arcebispo de Viena (Áustria), Cardeal Cristoph Schonborn, foi o supervisor deste projeto que recebeu a aprovação dos bispos desse país europeu em março de 2010 e que será publicado em 13 idiomas.


Ainda não se sabe se as versões em outras línguas incluem a polêmica afirmação sobre a anticoncepção. O Cardeal Schonborn, aguardado na conferência de imprensa de apresentação do Youcat, foi também editor do Catecismo da Igreja Católica publicado em 1992.


Na roda de imprensa da quarta-feira 13 também estarão presentes o Cardeal Stanislaw Rylko, Presidente do Pontifício Conselho para os Laicos, e o Arcebispo Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização. Os organizadores da JMJ Madrid 2011 já solicitaram 700 000 cópias do Youcat para ser entregues aos jovens junto com o kit do peregrino. A Igreja Católica sempre se opôs ao uso de métodos anticoncepcionais.


O numeral 2370 do Catecismo de 1992 descreve que toda ação neste sentido é "intrinsecamente má", o Papa Paulo VI em sua encíclica Humanae Vitae também expressa a mesma realidade.

sábado, 2 de abril de 2011

João Paulo II morreu e agora vive para sempre - Testemunha recorda o 2 de abril de 2005

Ao cumprir hoje seis anos da morte do Papa João Paulo II, uma das testemunhas de sua morte em 2 de abril de 2005 e membro do Escritório de Celebrações Litúrgicas do Pontífice durante 13 anos, Dom Konrad Krajewski, recorda a data e afirma que "João Paulo II morreu, isso quer dizer que agora ele vive para sempre".

Em um artigo publicado na edição deste 2 de abril no L'Osservatore Romano, Dom Krajewski recorda que foi o agora Cardeal Stanislao Dziwisz, quem fora por mais de 40 anos secretário pessoal do Papa Wojtyla, quem rompeu o silêncio sobre o falecido Pontífice.

"Estávamos de joelhos ao redor da cama de João Paulo II. O Papa jazia na penumbra. A luz discreta do abajur iluminava a parede, mas podíamos vê-lo bem. Logo o Arcebispo se levantou. Acendeu a luz da antecâmara, interrompendo assim o silêncio da morte de João Paulo II".

"Com voz comovida, mas surpreendentemente firme, com o típico sotaque montanhês, alargando algumas sílabas, começou a cantar: 'Nós te Louvamos Deus, te proclamamos Senhor'. Parecia uma voz que vinha do céu. Todos olhamos maravilhados a Dom Stanislao. E a luz seguia ao canto e as palavras que seguiam: 'Oh eterno Pai, toda a terra te adora...' e nos dava a certeza a cada um de nós".

Dom Krajewski acrescenta: "Assim -pensávamos- encontramo-nos ante uma realidade totalmente distinta. João Paulo II morreu, isso quer dizer que agora ele vive para sempre".

"A pesar do coração em soluços e com o pranto alagando a garganta, pudemos cantar. A cada palavra nossa voz se fazia mais segura e mais forte. O canto proclamava: 'Vencedor da morte, abriu aos fiéis o Reino dos Céus'. Assim, com o hino do Te Deum, glorificamos a Deus, bem visível e reconhecível na pessoa do Papa".

Em certo sentido, prossegue o sacerdote, "esta é também a experiência de todos os que se encontraram com ele durante seu pontificado. Quem entrava em contato com João Paulo II se encontrava com Jesus, a quem o Papa mostrava com todo seu ser: com a palavra, o silêncio, os gestos, o modo de rezar, o modo de atuar na liturgia, o recolhimento na sacristia: com todo seu modo de ser. Notava-se imediatamente que era uma pessoa repleta de Deus".

Durante os últimos anos de sua vida, assinala Dom Krajewski, "bastava vê-lo para descobrir a presença de Deus, e assim começar a rezar. Era suficiente para ir a confessar-se: não só pelos pecados mas por não sermos santos como ele".

"Quando já não podia caminhar bem, durante as celebrações, e se tornou totalmente dependente dos cerimoniários, comecei a perceber que estava tocando uma pessoa santa. Às vezes, então, irritava os penitenciários vaticanos porque, antes de cada celebração, ia confessar-me, seguindo um mandato interior e uma forte necessidade de receber a absolvição para poder estar ao seu lado".

Esse 2 de abril de 2005, quando saiu do apartamento do Papa no Palácio Apostólico "vi uma multidão de gente que caminhava em silêncio recolhido. O mundo se fechou, ajoelhou-se e tinha chorado".

"Estava quem chorava apenas pelo fato de ter perdido uma pessoa amada e que logo voltava para sua casa como tinha chegado. E estava também aqueles, que unia às lágrimas exteriores as lágrimas interiores e percebia que não era adequado ante o Senhor. Este plano era bendito: era o início do milagre da conversão".

O sacerdote recorda ademais que entre as tarefas que lhe correspondiam também estava "encarregar-se do corpo do Papa defunto. Eu o fiz por sete longos dias até o funeral. Pouco depois de sua morte, vesti João Paulo II ajudado de três enfermeiros que o cuidaram por um longo tempo".

"Já havia passado uma hora e meia do falecimento, e seguiam falando-lhe como se estivessem falando com seu pai. Antes de vesti-lo com as vestimentas próprias o tocavam com amor e reverência, como se se tratasse autenticamente de alguém da família".

Ao comentar logo que cada dia celebra a Eucaristia nas Grutas Vaticanas, o sacerdote indica que vê "os dependentes da Basílica e a todos os que chegam a trabalhar aos distintos dicastérios do Vaticano, que começam a jornada com um momento de oração ante a tumba de João Paulo II: tocam a lápide e lhe mandam um beijo. E isso acontece durante toda a manhã".

Finalmente afirma que "se queria indicar o que é o mais importante para a vida sacerdotal e para cada um de nós, olhando-o poderia dizer: não ofuscar a Deus com nós mesmos, mas, ao contrário, mostrá-lo e fazer-se sinal visível de sua presença. A Deus ninguém viu, mas João Paulo II o fez visível através de sua vida".

Santuário de Fátima se une à vigília mundial de oração prévia à beatificação de João Paulo II

Na noite de 30 de Abril, às 20:00 de Lisboa, numa organização do Vicariato de Roma, o mundo vai unir-se em oração para preparar-se para a beatificação do Papa Peregrino, João Paulo II.

Intitulada “Totus Tuus – Vigília de Oração em preparação da beatificação de João Paulo II”, a iniciativa terá um forte impacto, uma vez que juntará cinco lugares diferentes, através da televisão:

- a Basílica de Guadalupe, no México;
- o Santuário de Kawekamo, na Tanzânia;
- o Santuário de Fátima; em Portugal
- Cracóvia, na Polônia;
- o Santuário de Nossa Senhora do Líbano, em Beirute.

Em cada uma destas cidades será recitado um mistério do Rosário, difundido em tempo real pelo Centro Televisivo do Vaticano para todo o mundo.

Em Roma, a partir do Circo Massimo, presidirá à vigília o Cardeal Agostino Vallini, vigário de Sua Santidade para a Diocese de Roma.

O Santuário de Fátima acolheu com muita alegria o convite para esta oração, porque será mais um momento para lembrar e homenagear João Paulo II.

A Capelinha das Aparições foi o local escolhido para a ligação com Fátima. Deste lugar será possível acompanhar, através de ecrãs televisivos instalados para a ocasião, todo o Rosário.

D. Augusto César, bispo emérito de Portalegre Castelo Branco, presidirá em Fátima a este momento.

Em Portugal, ainda que a grande celebração nacional de acção de graças pela beatificação de João Paulo II esteja marcada para 13 de Maio, em Fátima, o Santuário pretende viver em ambiente de festa e de acção de graças o próprio dia da beatificação, 1 de Maio.

O Santuário lembrará o Papa que “peregrino entre os peregrinos” aqui esteve por três vezes e que, nas palavras do Reitor do Santuário, deu à mensagem de Fátima “uma dimensão eclesial e universal”.

Assim, este lugar vestir-se-á de festa para “agradecer o dom de João Paulo II à Igreja e à humanidade”, afirma o P. Virgílio Antunes.

Preside à peregrinação aniversária de Maio o Cardeal de Boston, D. Sean O’ Malley. Até ao final da manhã de hoje, 54 grupos de peregrinos, oriundos de 17 países, tinham-se anunciado no Serviço de Peregrinos (SEPE) do Santuário como participantes na Eucaristia principal da peregrinação.

A Quaresma não é tempo de tristeza, disse o Papa


Ao presidir a Missa de quarta-feira de Cinzas com a qual teve início a Quaresma, o Papa Bento XVI assinalou que este tempo litúrgico costuma "receber a conotação de tristeza", mas na verdade é um dom precioso de Deus, é tempo forte e denso de signifcados no caminho da Igreja, é o itinerário em direção à Páscoa do Senhor”


Na Eucaristia que presidiu ontem na Basílica de Santa Sabina, onde chegou logo de uma procissão penitencial desde a Igreja de São Anselmo, o Papa disse que com o rito da imposição das cinzas se assume "o empenho e converter o nosso coração em direção aos horizontes da graça".

"Não se trata de uma conversão superficial e transitória, mas de um itinerário espiritual relacionado em profundidade às atitudes da consciência e supõe o sincero propósito de rever-se", disse o Papa Bento.

A conversão à qual todo fiel está chamado, prosseguiu Bento XVI, "E esta conversão é possível porque Deus é rico em misericórdia e grande no amor. A sua misericórdia regeneradora, que cria em nós um coração puro, renova no íntimo um espírito perseverante, restituindo-nos a alegria da salvação".

"Deus, de fato, não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva", afirmou.

“Ele nos oferece ainda o seu perdão, convidando-nos a voltar a Ele a fim que nos dê um coração novo, purificado do mal que o oprime, de modo que possamos participar da sua alegria. O nosso mundo tem necessidade de ser convertido por Deus, tem necessidade do seu perdão, do seu perdão, do seu amor, tem necessidade de um coração novo", sublinhou o Pontífice.

O Papa se referiu logo ao chamado do Apóstolo São Paulo na Carta aos Coríntios para "deixar-se reconciliar com Deus". É uma exortação a "a abrir-se à graça, a deixar que Deus nos converta: “Porque somos seus colaboradores, - escreve - vos exortamos a não acolher em vão a graça de Deus".

"Este esforço de conversão não é somente uma obra humana. É o dinamismo do coração contrito, atraído e movido pela graça a responder ao amor misericordioso de Deus que nos amou primeiro".

O Papa ofereceu logo uma recomendação para viver bem a Quaresma: "oferecer o testemunho da fé vivida em um mundo em dificuldade que tem necessidade de retornar a Deus, que tem necessidade de conversão".

Sobre a esmola, a oração e o jejum próprios deste tempo, o Santo Padre disse que "ao repropor estas prescrições, o Senhor Jesus não nos pede um respeito formal a uma lei exterior ao homem, imposta por um legislador severo com um fardo pesado, mas convida a redescobrir estas três obras de piedade, vivendo-as de modo mais profundo, não por amor próprio, mas por amor de Deus, como meios no caminho de conversão a Ele".

A Quaresma "é um tempo propício que nos é doado para esperar, com maior empenho, a nossa conversão, para intensificar a escuta da Palavra de Deus, a oração e a penitência, abrindo o coração a dócil acolhida da vontade divina para uma prática mais generosa da mortificação, graças a qual andaremos mais largamente em direção ao próximo necessitado: um itinerário espiritual que nos prepara a reviver o Mistério Pascal.".

Finalmente o Papa fez votos para que "Maria, nossa guia no caminho quaresmal, nos conduza a um conhecimento sempre mais profundo de Cristo morto e ressuscitado, nos ajude na batalha espiritual contra o pecado e nos apóie para clamarmos em alta voz: "Converte-nos, ó Deus, nossa salvação!

Iniciativa busca modificar a Constituição de São Paulo para defender a vida desde a fecundação

Membros da Campanha São Paulo pela vida estão convocando os eleitores do Estado de São Paulo para uma campanha de abaixo assinado para entrar na Assembléia Legislativa do Estado com uma Emenda Constitucional de iniciativa popular para defender a vida desde a fecundação até a morte natural.

“Pela constituição do nosso Estado, se nós conseguirmos 1% do eleitorado paulista, ou seja, 300 mil assinaturas, podemos entrar com uma emenda de iniciativa popular” para “que seja acrescentado em nossa constituição estadual que a vida começa na fecundação”, afirmam os membros da iniciativa.

“Se a vida começa no momento da fecundação, todo bebê passa a ter o direito à vida desde o momento em que ele é fecundado”, recordaram também os líderes da iniciativa.
SÃO PAULO, 01 Abr. 11 / 06:32 pm

“Se você cruzar os braços, estará permitindo que milhares de crianças sejam abortadas ( assassinadas ) no Brasil”, advertem os organizadores.

O texto do pedido da emenda disse:

“Nós, cidadãos eleitores paulistas, apresentamos à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, a seguinte proposta de emenda constitucional, que acrescenta os artigos 217-A, 218-A
e altera o art. 277, com o acréscimo das expressões “ao nascituro” e “desde a fecundação até a morte natural”.

Para mais informação e assinar o abaixo assinado, visite:
http://www.saopaulopelavida.com.br/index.php

Vaticano detalha encontro em Assis convocado pelo Papa para outubro


Vaticano, 02 Abr. 11 / 01:57 pm


O Escritório de Imprensa da Santa Sé divulgou hoje um comunicado no qual detalha o encontro ecumênico e inter-religioso pela paz, convocado pelo Papa Bento XVI para o 27 de outubro de 2011 que terá como tema "Imprensa da verdade, imprensa da paz".

Esta "Jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça no mundo" convocada pelo Santo Padre comemora o 25° aniversário do encontro presidido pelo Papa João Paulo II em 27 de outubro de 1986.

Os elementos de reflexão que Bento XVI propõe para esta jornada são que "cada ser humano é no fundo um peregrino em busca da verdade e do bem. Também o homem religioso permanece sempre em caminho para Deus: daqui nasce a possibilidade, mais ainda, a necessidade de falar e dialogar com todos, crentes ou não, sem renunciar à própria identidade ou recorrer a formas de sincretismo; na medida em que a peregrinação da verdade se vive autenticamente, abre-se ao diálogo com o outro, não exclui a nenhum e compromete a todos a serem construtores de fraternidade e de paz".

Depois de assinalar que também participarão alguns não crentes no encontro, o comunicado explica como será realizada a jornada. O mesmo 27 pela manhã os participantes sairão de trem desde Roma com o Papa. Ao chegar a Assis, o Santo Padre lhes dirigirá umas palavras.

Seguirá um almoço frugal, "Seguirá um almoço frugal, compartilhado pelos delegados: uma comida marcada pela sobriedade, que busca expressar o estar juntos em fraternidade e, ao mesmo tempo, a participação nos sofrimentos de tantos homens e mulheres que não conhecem a paz".

Depois haverá um tempo para a reflexão e a oração, e os participantes irão a pé à Basílica de São Francisco. "Será uma peregrinação na que, no último lance, tomarão parte também os membros das delegações; com isto se pretende simbolizar o caminho de cada ser humano na busca constante da verdade e da construção ativa da justiça e da paz".

A peregrinação será em silêncio e ao final da jornada se renovará de maneira "solene o compromisso comum pela paz".

Antes da peregrinação haverá uma vigília de oração na Praça de São Pedro presidida pelo Papa Bento XVI com os fiéis de Roma. O comunicado convida as Igrejas particulares "e as comunidades dispersas pelo mundo a organizar momentos de oração similares".

Finalmente, o Santo Padre pede "aos fiéis católicos que se unam espiritualmente à celebração deste importante acontecimento e agradece aos que vão à cidade de São Francisco (de Assis) para compartilhar esta peregrinação ideal".