quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vaticano publica importante documento sobre a confissão


O Vaticano acaba de publicar o documento "O sacerdote, confessor e diretor espiritual: Ministro da misericórdia divina", um manual de instruções sobre como ser bons confessores, elaborado pela Congregação para o Clero.

O texto leva as assinaturas do Prefeito do dicastério, Cardeal Mauro Piacenza e o secretário, Dom Celso Morga, que fizeram votos para que "os sacerdotes possam descobrir de novo o valor pastoral destes meios simples, muito comuns, que parece que não têm força pastoral mas que são muito potentes se sabemos administrar bem e se valorizarmos o estar disponíveis para administrá-los".

A primeira parte do texto explica no que consiste o sacramento da Penitência e dá indicações práticas sobre como administrá-lo e recebê-lo melhor. Por exemplo, inclui um exame de consciência só para sacerdotes.

"Que os sacerdotes sejam muito disponíveis para as confissões e a direção espiritual e que ao mesmo tempo, eles, também eu, confessemo-nos freqüentemente e tenhamos a direção espiritual", disse Dom. Morga.

A segunda metade do texto explica a doutrina sobre a direção espiritual, ensina a ajudar a outras almas, e como deixar-se ajudar por um diretor espiritual.

Bento XVI está decidido a dar ele mesmo o exemplo sobre o valor do sacramento da confissão e a direção espiritual. Ele o fará com um gesto bastante expressivo: este verão se sentará em um confessionário durante a Jornada Mundial da Juventude de Madrid e administrará este Sacramento a vários jovens.

"É necessário voltar ao confessionário, como lugar no qual celebrar o sacramento da reconciliação, mas também como lugar onde “ habitar ” com mais frequência, para que o fi el possa encontrar misericórdia, conselho e conforto, sentir-se amado e compreendido por Deus e experimentar a presença da Misericórdia Divina, ao lado da Presença real na Eucaristia".

Com estas palavras, o Santo Padre Bento XVI se dirigia durante o recente Ano sacerdotal aos confessores, indicando a todos e cada um a importância e a conseguinte urgência apostólica de redescobrir o Sacramento da Reconciliação, tanto na qualidade de penitentes, como na qualidade de ministros.

O texto completo em português pode ser visto ou baixado na página da Congregação para o Clero:http://www.clerus.org/clerus/dati/2011-05/20-13/Sussidio_per_Confessori_pt.pdf

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A síndrome pós-aborto persegue as mulheres para o resto da vida



Quando na Argentina os legisladores debatem a aprovação do aborto, o Dr. Ernesto Beruti, especialista em clínica obstétrica e ex-chefe da Maternidade do hospital Rawson (Argentina) recordou que em um aborto sempre há duas vítimas: a criança que está por nascer e a mãe, que geralmente termina sofrendo a síndrome pós-aborto, às vezes durante toda a sua vida.

Em uma reunião do Consórcio de Médicos Católicos em Buenos Aires, o perito assinalou que "ante a tragédia do aborto sempre há duas vítimas: a primeira é a criança que está por nascer, que perde o direito mais importante que temos todos os seres humanos, que é o direito à vida; a segunda é a mulher, que muitas vezes o faz por pressão do entorno, do marido, da família, e muitas vezes padece a síndrome pós-aborto, um calvário que despedaça a sua alma e a acompanha o resto de sua vida".

O Dr. Beruti disse que "é preciso ajudar, aliviar, acompanhar e não julgar –com um conceito de total compreensão– a essas pobres mulheres que tiveram a desgraça de ter abortado".

"É mais fácil que uma mulher tire um filho do ventre que retirá-lo de sua cabeça e de seu coração", acrescentou, referindo-se à síndrome pós- aborto.

Ao explicar este padecimento, citou o caso de uma anciã de 82 anos, que perguntou a um homem sentado ao lado em um ônibus que idade ele tinha. Quando este lhe respondeu que tinha 52 e inquiriu por quê a mulher perguntava, ela disse, em voz baixa: "Porque supus que você teria mais ou menos a idade que meu filho teria... se eu tivesse deixado ele viver!"

Outra cita que usou o Dr. Beruti remetia ao folheto "Qual é a causa de minha dor?", da Wisconsin Right to Life Education Fund, dos Estados Unidos. Uma mulher, Nereida Ortiz, dizia: "Disseram-me que essa era a melhor decisão. Mas não me falaram sobre o vazio emocional e físico que ia sentir e que me destruiria para sempre. O que posso fazer com a dor que sinto?".

Beruti explicou os métodos cirúrgicos usados pelos que fazem abortos e mostrou fotografias de pequenos abortados poucas semanas após sua gestação, com todos seus órgãos visíveis e diferenciados.

Amor de Deus é autêntico remédio para as feridas humanas, afirma Bento XVI



Ao presidir este meio-dia (hora local) a oração Mariana do Ângelus, o Papa Bento XVI ressaltou que o amor de Deus, o amor aos irmãos que brota Dele, é o verdadeiro remédio que cura todas as feridas humanas.

Em sua reflexão perante milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre se referiu ao Evangelho de hoje no qual São Mateus propõe as palavras do Senhor Jesus: "vinde a mim todos os que estão fatigados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas. Porque meu jugo é suave e minha carga ligeira".

O Papa disse que esse olhar de Cristo ainda hoje “pousa sobre tantas pessoas oprimidas por condições de vida difíceis, mas também privadas de válidos pontos de referência para encontrar um significado e uma meta para sua existência. Multidões estão oprimidas nos países mais pobres, provadas pela indigência; e até mesmo nos países mais ricos são tantos os homens e mulheres insatisfeitos, até mesmo pessoas com depressão”.

Conforme informa a nota de Rádio Vaticano, Jesus promete dar a todos "descanso", mas estabelece uma condição: “Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração". O que é este "jugo", pergunta-se o Papa, que em vez de pesar torna-se mais leve, e ao invés de esmagar levanta? O "jugo" de Cristo é a lei do amor, é o seu mandamento, que deixou aos seus discípulos”. ".

"O verdadeiro remédio para as feridas da humanidade, sejam aquelas materiais, como a fome e as injustiças, sejam aquelas psicológicas e morais causadas por um falso bem-estar, é uma regra de vida baseada no amor fraterno, e que tem a sua fonte no amor de Deus. Por isso devemos abandonar o caminho da arrogância, da violência usada para obter posições de maior poder, para garantir o sucesso a qualquer custo", assinalou.

Também em relação ao meio ambiente - disse ainda Bento XVI - devemos renunciar ao estilo agressivo que dominou nos últimos séculos e adotar uma razoável “mansidão”.

Mas acima de tudo nas relações humanas, interpessoais, sociais, a regra do respeito e da não-violência, ou seja, a força da verdade contra qualquer injustiça é aquela que pode garantir um futuro digno do homem, assinala a nota da Rádio Vaticano em Português.

Finalmente o Pontífice alentou a que a Virgem Maria nos ajude "a “aprender” de Jesus a verdadeira humildade, a tomar com decisão o seu jugo suave, para experimentar a paz interior e sermos capazes de consolar outros nossos irmãos e irmãs que trilham com fadiga o caminho da vida".

A Ideologia de gênero é uma "apresentação sinistra" da sexualidade humana



Cardeal André Vingt-Trois

O Arcebispo de Paris e Presidente da Conferência Episcopal Francesa (CEF), Cardeal André Vingt-Trois, advertiu que a chamada "ideologia de gênero" que é a moda em alguns ambientes, é uma representação "escura e sinistra" da sexualidade humana.

Em uma entrevista concedida à Rádio católica Notre Dame, o Cardeal comentou sobre a inclusão da ideologia de gênero nos manuais de assuntos sociais de todas as aulas de première (que corresponde ao penúltimo ano do segundo grau onde a idade média é de 16 anos) obrigatórias a partir do ano escolar 2011-2012.

Esta ideologia, explicou o Cardeal, não tem nenhuma valorização do aspecto afetivo da sexualidade humana, em troca "aborda a experiência humana neste campo de maneira puramente mecânica, com a premissa de que a orientação sexual é uma construção puramente cultural".

O jornal vaticano L’Osservatore Romano (LOR), que recolhe em sua edição da terça-feira 21 de junho as declarações do Cardeal, explica que a ideologia de gênero nasceu nos Estados Unidos há 30 anos, desenvolveu-se logo na Europa seguindo "linhas particulares do primeiro feminismo e logo do pensamento homossexual".

Esta ideologia, segundo o LOR, "pretende afirmar que no mundo moderno a diferença entre homem e mulher é um fato social (uma ‘construção’) antes que algo biológico. Dessa forma a orientação sexual –e com isso a identidade de gênero e o papel do gênero– contaria mais que o sexo biológico".

O Arcebispo de Paris disse também que com a ideologia de gênero incluída na educação dos jovens franceses se propõe "uma sexualidade que se reduz às relações sexuais, sem considerar como estas estão articuladas no desenvolvimento de uma pessoa".

"As autoridades procuram uma educação sexual "centrada exclusivamente nas doenças sexualmente transmissíveis, em dar conselhos sobre como evitá-las, na interrupção da gravidez (aborto), que representa a ‘chave mestra" do programa.

Este é um dos aspectos mais "tristes" dos manuais, continuou, porque "quando os educadores não conseguem gerar uma verdadeira introdução à vida afetiva, são reduzidos a fazer dela um tema de ciências naturais".

O Cardeal sublinhou finalmente a importância de ajudar os jovens a compreender que sua sexualidade e energia afetiva não constituem simplesmente um fenômeno hormonal mas é algo constitutivo da pessoa que deve crescer harmoniosamente "e sempre ao interior de uma autêntica relação humana".

EUA quer impor a ideologia gay nos países católicos


Hillary Clinton

A Secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, elogiou o trabalho de seu departamento na promoção da ideologia gay com eventos como as "marchas de orgulho" (paradas gay) e um concerto de Lady Gaga em Roma (Itália).

Dois peritos advertem que esta postura da administração Obama também poderia terminar por impor esta ideologia nos países católicos.

Austin Ruse, Presidente do Instituto Catholic Family and Human Rights nos Estados Unidos, explicou à agência ACI Prensa que "a administração Obama fez que a agenda dos grupos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) seja um dos pilares na sua política internacional".

"Fizeram que as embaixadas em todo mundo monitorem e ajudem os grupos homossexuais sem importar se o povo do país aceita (a agenda LGBT) ou não", acrescentou.

Ruse disse à agência ACI Prensa que "os Estados Unidos é muito poderoso e podem forçar os governos do mundo a submeter-se às suas perspectivas para as políticas sociais".

Como mostra deste apoio de Clinton e da administração Obama à ideologia gay que busca destruir o conceito de matrimônio natural, composto por um homem e uma mulher, e a família que se funda nela, no último 27 de junho organizaram junto à organização de gays e lésbicas das agências de relações exteriores, uma celebração do orgulho LGBT.

Os membros destas instituições reuniram 20 chefes de missões da ONU e os fizeram assinar uma declaração pública de apoio à marcha do dia 27 e alentaram "um debate respeitoso e produtivo sobre direitos LGBT".

Depois de uma série de iniciativas executadas na Itália, o único país da Europa que não conta com legislação sobre este tema, e a Eslováquia, Clinton explicou no evento do 27 de junho que o Departamento de Estado também promove os chamados "direitos homossexuais" na Honduras, Uganda, Malaui, Rússia, Turquia, China e outros países.

Também destacou o grande esforço no Conselho de Direitos humanos da ONU em Genebra onde obtiveram ordenar que um estudo para medir "o grau de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero no mundo" fosse realizado. O Fato foi celebrado pela imprensa secular como algo "histórico" por considerá-la a primeira resolução deste tipo neste organismo.

Do mesmo modo, o departamento de relações exteriores dos Estados Unidos e sua missão permanente ante a Organização de Estados Americanos (OEA) gerou um "observatório" especial para "direitos LGTB" dentro da Comissão Interamericana de Direitos humanos (CIDH).

Sobre este tema, Rebecha Marchinda, Diretora legal da organização World Youth Alliance, –cujo trabalho se realiza principalmente perante a ONU– assinalou à agência ACI Prensa que esta política de promoção da ideologia gay, especialmente em países católicos, "pode terminar na alienação da Igreja do espaço público e do debate sobre estes temas".

"Em vez de reconhecer que os estados têm razões legítimas para reconhecer o matrimônio e a família como instituições, os Estados Unidos procuram enfrentar a Igreja Católica com a sociedade civil afirmando que sua oposição a esta ideologia se apóia somente em idéias retrógradas", denunciou Marchinda.

Algumas destas razões legítimas, explicou, são anteriores à questão religiosa e promovem a dignidade humana e o bem comum.

Rebecha Marchinda disse também à ACI Prensa que não existe uma definição aceita internacionalmente sobre o que significa "orientação sexual" ou "identidade de gênero" e entretanto as autoridades dos Estados Unidos seguem usando estes termos em seu trabalho referente aos direitos humanos.

Com eles, ressaltou, "gera-se confusão entre os estados membros da ONU e especialmente entre aqueles que recebem políticas geradas com esta linguagem para ser aplicadas em suas nações".

Estes conceitos nascem da ideologia de gênero, uma corrente relativista que nasceu nos Estados Unidos há 30 anos e se desenvolveu logo na Europa de acordo à ideologia do feminismo e do pensamento gay.

O que busca é afirmar que a diferença entre homem e mulher é um fato social antes que algo biológico para dar a idéia de que a orientação sexual –e com isso a identidade de gênero e o papel do gênero– contaria mais que o sexo biológico natural.