sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Papa diz que casamento gay é ameaça à criação

Da Reuters, no Vaticano

O papa Bento XVI associou na segunda-feira (11) de Janeiro, a oposição da Igreja ao casamento gay a preocupações com o meio ambiente, sugerindo que as leis enfraquecendo "as diferenças entre os sexos" são uma ameaça à criação.

O papa fez os comentários ao falar a diplomatas em sua avaliação anual dos eventos mundiais. O principal tema do discurso foi o meio ambiente e a proteção da criação.

"Para levar adiante nossa reflexão, precisamos lembrar que o problema do ambiente é complexo; é possível compará-lo a um prisma multifacetado", disse ele.



"As criaturas diferem-se uma das outras e podem ser protegidas, ou colocadas em perigo, de formas distintas, como sabemos a partir da experiência diária. Um ataque desse tipo vem de leis ou propostas que, em nome da luta contra a discriminação, atingem a base biológica da diferença entre os sexos", afirmou o pontífice.


"Estou pensando, por exemplo, em alguns países da Europa ou da América do Sul e do Norte", disse.


Essa foi uma referência clara a leis aprovadas ou propostas em diversas partes do mundo.


No mês passado, a Cidade do México tornou-se a primeira capital da América Latina a permitir o casamento de pessoas do mesmo sexo.


Na Califórnia, nos EUA, a proibição do Estado contra o casamento gay vai a julgamento, num caso federal onde os querelantes esperam seguir até a Suprema Corte dos Estados Unidos e derrubar o banimento em toda a nação.


O casamento gay é permitido por lei em diversos Estados norte-americanos e em alguns países europeus.


Ainda assim, a liberdade não pode ser absoluta, pois o homem não é Deus, mas a imagem de Deus, a criação de Deus. Para o homem, o caminho a ser tomado não pode ser determinado pelo capricho ou pela teimosia, mas precisa corresponder à estrutura desejada pelo Criador", disse ele.


No discurso a diplomatas de mais de 170 países, o papa repetiu os temas de sua mensagem para o Dia da Paz Mundial em 1 de janeiro, onde afirmou que os países industrializados devem reconhecer sua responsabilidade pela crise ambiental, reduzir o consumismo e adotar estilos de vida mais equilibrados.


Ele disse aos diplomatas estar preocupado com a falta de um acordo na cúpula climática de Copenhague no mês passado.


"Eu compartilho da preocupação crescente causada pela resistência econômica e política para combater a degradação do ambiente", disse ele, acrescentando esperar que "seja possível chegar a um acordo para tratar efetivamente dessa questão" nas próximas conferências em Bonn e na Cidade do México neste ano.


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