domingo, 21 de fevereiro de 2010

UGANDA HOMOFÓBICA


Organizada pelo pastor Martin Ssempa, uma manifestação de apoio ao projeto da lei anti-homossexual levou cerca de 30 mil pessoas às ruas da cidade de Jinja, a 75 quilômetros de Kampala, capital de Uganda.


A manifestação homofóbica foi organizada pelo grupo Movimento Internacional contra o Homossexualismo, liderado pelo pastor Ssempa.


Apresentado pelo deputado David Bahati, o projeto de lei anti-homossexualidade prevê a pena de morte aos gays e lésbicas e prisão de sete anos aos familiares e amigos que não denunciarem os homossexuais às autoridades.


Com cartazes empunhados com frases como "Não à sodomia, sim à família", "Não aos Homossexuais” e o “Homossexualismo Deve ser Abolido", os negros homofóbicos daquele país fizeram com os homossexuais o mesmo que a dominação branca no século XIX.


Além dos cartazes, gritos de ordem eram ressonantes nas ruas de Jinja. O pastor Martin Ssempa – que exibiu cenas de sexo gay fetichista, como fist fucking, uso de consolos e cenas escatológicas em uma coletiva de imprensa para apoiar a lei no final de janeiro – continuou com seu discurso fundamentalista e fervoroso.


Outra manifestação iria ocorrer na capital Kampala, mas foi impedida pela polícia.


O medo econômico – O impedimento deve-se meramente por fatores políticos. O governo ugandense teme que o governo americano, assim como os de países como a Inglaterra, Canadá e Suécia, corte os auxílios econômicos destinados àquele pobre país africano. Há duas semanas, o presidente americano Barack Obama discursou em Washington e disse que o projeto de lei anti-homossexual era “odioso”.


A secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton já telefonou para o presidente de Uganda Yoweri Museveni e disse que o projeto de lei era antidemocrático e feria os preceitos dos Direitos Humanos. Depois disso, o primeiro-ministro David Bahati prometeu reavaliar o projeto de sua autoria. Kale Kayihura, inspetor-geral da polícia de Uganda, informou que “o adiamento da manifestação em Kampala foi solicitado porque o Governo tem alguns assuntos a especificar sobre o projeto de lei”.


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